Hoje o velho sábio barbudo quebrou o isolamento que separa o mundo dos supostos vivos e dos supostos mortos, e apareceu aqui muito rapidamente para me lembrar que: “Amor é confiança.”
 
Será que algo alérgico veio junto? Não sei se foi o amor ou a confiança, não sei… Sei que o nariz ficou logo bem vermelho e os olhos lacrimejam com facilidade, desde então.
Como a tosse e a febre não vieram, descartei qualquer receio de um mal pandêmico.
Osho: o guru politicamente incorreto | Superinteressante

Osho – Mestre Zen nascido na Índia

 As lágrimas foram o suficiente para lavar as palavras impressas em algum lugar aqui dentro e deixá-las mais transparentes… Cristalinas…
Sei lá que pó é este, que tira a transparência das coisas, mas consegui compreender ou pelo menos vislumbrar, que confiar é guardar a certeza da inocência do outro ou da situação.
 
Confesso que esta percepção é bem diferente do costume. Confiar era uma crença que dependia do que o outro fizesse. Lá no fundo, era uma esperança de que o ‘outro’ se comportasse dentro deste ou daquele molde.
 
As lágrimas mostraram que o fio deste fiar que tecemos com alguém, ou com a própria vida, a confiança, quando brota do coração tem algo muito sagrado para ser maculado.
Não tem a ver como o outro se comPORTA, nem sequer com o outro, mas com a PORTA que se abre na Alma e por onde se torna possivel desenrolar o precioso fio e o mistério tecer.
Nada tem a ver com as relações abusivas que as pessoas se permitem submeter por esta “confiança” distorcida, empoeirada por carências, submissão ou desnecessária ingenuidade.
 
Como pode o amor que desenrolou dentro, em direção ao outro como um novelo que cai ao chão, ter alguma mácula? É quase um acidente. Um vento soprou, a porta abriu, o novelo saiu.
 
Pode despir a alma disto que é o seu perfume, que veio pra fora para ser tecido por mãos invisíveis e tão delicadas?
 
Ok sábio e velho amigo, começa a chegar uma clareza. Guardo com fidelidade. Confio.
 
Confio… COM FIANÇA?
 
Uma lacuna, traz um novo sentido e um novo olhar. Curioso… Duas palavras tão parecidas.
Fiança é um valor que se paga para garantir liberdade provisória para que o acusado aguarde julgamento em liberdade. Então compreendi igualmente que confiar é entregar tudo que for possível, para deixar o outro livre, livre inclusive de retribuir a própria fiança.
 
Fio misterioso, este tal do Amor.
 
Fiança também sugere um julgamento e sempre surge um possível acusado, Mas quem paga a fiança é quem se opõe ao julgamento.
 
Não cabe aqui dentro tal possibilidade de acusar quem quer que seja por tal transboradamento do coração.
 
E a ideia de uma prisão se tornou tão desconfortável, que fui procurar onde estavam as paredes de tal prisão para derrubá-las sem piedade e vi que era impossível encontrar.
 
Foi assim… o Amor de súbito se derenrolou e seu novelo tocou os pés daquele que então se tornou o Amado, e é claro que desejei que o novelo dento dele se derenrolasse da mesma forma na minha direção. Não aconteceu como desejado.
 
Um dia bem quietinha no meio do jardim, me sentindo perdida, percebi nas flores de capim uma textura e cor semelhantes a daqueles cabelos, e já que tocar as flores de capim me era pemitido, aquele amor se espalhou pelo capim, e sem que pudesse me dar conta, fui me apaixonando por tudo que brota frágil na terra e dança ao vento.
 
Depois veio o desfrute negado de ouvir aquela voz pronunciar sequer o nome que me chamam. No início isto causou um sentimento de miséria, mas o Amor é tão misterioso… Um dia o som das britas abaixo dos pés, fez lembrar um timbre rouco e acordou a sensibilidade de escutar as pedras e me dar conta, que por vezes quando os cascalhos rolam, é como se estivessem a me chamar, e como há cascalhos em todos os caminhos, não vejo como tirar deste mundo, deste chão; um chamado.
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E assim cada impressão se espalhou em tudo.
 
E a água fresca e cristalina de cada taça, por vezes toca os lábios como um beijo e o vento por vezes desorganiza os cabelos em carícias de uma delicadeza impossível de explicar. 
 
Então me dei conta, que enquanto cuidava de entregar tudo o que tinha para libertar este amor de qualquer expectativa, ele se espalhou por toda parte e não há mais como recolher o novelo.
 
Não sei… Mas me parece que de igual maneira uma criancinha olha para tudo que vê. Ela simplesmente confia, e dentro dela, não há nenhuma expectativa e com isto facilmente ela experimenta paz.
 
Agora é madrugada…
As outras crianças dormem.Acho que o velho sábio barbudo, que altera de forma louca os ponteiros do relógio me acordou.
 
O som ao lado da cama toca um antigo mantra e um desejo: Que todos os dias quando cada criança sagrada abrir os olhos, possa ver o amor, no cascalho, no capim… Em cada gota d’agua e sentir-se chamado e abraçado pelo vento, pelo sol, pelo Amor Infinito que tece o fio da Vida na vastisão.
CONFIA…. CONFIA… CONFIA.

SA – Infinito
TA – Vida
NA – Morte
MA – Renascimento

 ?Com amor em servir – Dev Swaran
 
SA TA NA MA é um mantra milenar. Existem belíssimas gravações… Tem uma brincadeira profundamente relaxante que se faz com a pontina dos dedos enquanto se escuta… Vem que te mostro…
 ?Ahhh… Temos um gupo no whatsapp que vez por outra enviamos uma mensagem, uma brincadeira… Sei lá… Tão imprevisível, coisa de criança. Se quiser mais um imprevisível gracioso na sua vida… Vem!
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