Neste momento de crise, precisamos de um pensamento equilibrado. O que nem sempre é reconhecido é que o pensamento equilibrado depende de emoções equilibradas.

Por entendermos as dificuldades de lidar com o momento atual, te convidamos a entrar no nosso grupo de whatsapp, onde teremos dicas de autocuidado durante 4 dias, e posteriormente ampliaremos nossa disponibilidade para acolher e cuidar de forma mais próxima de você, através de reuniões online em grupo colaborativo, como já fazemos com nossas alunas e clientes. Fica com a gente na Florescer, estamos aqui juntos no mesmo jardim!

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As evidências relacionadas ao equilíbrio das emoções remontam a pelo menos 1908, quando os psicólogos de Harvard, Robert Yerkes e John Dodson, descobriram que a capacidade de usar o pensamento de alto nível – agora chamado de função executiva – depende da excitação não ser nem muito alta e nem muito baixa.

Se nosso sistema nervoso autônomo funciona bem, ele regula a excitação automaticamente. Em uma crise temporária, o sistema nervoso simpático nos acelera. Nossa frequência cardíaca e respiração aumentam. A energia para lidar com a crise é redirecionada do intestino para os músculos. Quando a crise termina, o sistema nervoso parassimpático nos acalma, estimulando o nervo vago a diminuir a frequência cardíaca, a respiração e a relaxar o intestino.

Funcionamento do sistema nervoso autônomo

Para muitos de nós, o sistema nervoso parassimpático não funciona bem o suficiente para nos levar de volta a um estado de equilíbrio emocional. Isso porque o sistema parassimpático não está maduro no nascimento. O quão bem ele funciona, depende do quão consistentemente os cuidadores nos acalmaram e de quão plenamente construímos as etapas que os nossos cuidadores usaram.

Pessoas com um sistema parassimpático de alto funcionamento operam em equilíbrio.

Negação é uma das formas de ilusão, de “fingir” controle

Se não nos acalmarmos com facilidade, precisamos estar no controle. Se o controle nos iludir, nós podemos tentar sair da situação. Se não conseguirmos escapar fisicamente de uma situação estressante, podemos escapar psicologicamente por negação ou distração, ou por uso de drogas e álcool.

Nossa crise atual nos oferece poucas opções. Nós claramente não estamos no controle. Não há para onde correr. Negação e distração não se sustentam. Drogas e álcool podem manter a realidade distante, mas a um preço que as pessoas sábias consideram inaceitável.

O que podemos fazer? Exercícios de respiração? Yoga? Meditação? Elas com certeza podem auxiliar, entretanto você já pode ter tentado tudo isso e eles podem não ter sido poderosos o suficiente.

Uma maneira poderosa de ativar o sistema calmante foi descoberta pela neurocientista Stephen Porges. É tão poderoso que ele chama de “travagem vagal”. Quando estamos com uma pessoa que é física e emocionalmente segura, ela inconscientemente transmite sinais que ativam o sistema nervoso parassimpático, cujo ator principal neste sistema é o nervo vago. Quando é estimulado, o nervo vago substitui o sistema nervoso simpático e proporciona um poderoso efeito calmante, apesar dos hormônios do estresse presente.

Vamos começar o exercício:

Relembre de alguém que o aceite sem julgamentos

Identifique uma pessoa que é descontraída. Precisa ser alguém que aceite você sem questionar. Precisa ser alguém que não o julgue. Essa pessoa transmite sinais inconsciente que – se os capturarmos – ativam completamente nosso sistema nervoso parassimpático e calmante.

Anote alguns pensamentos preocupantes. Um por um, use as dicas a seguir para vincular cada pensamento perturbador a sinais calmantes de seu amigo. Você não precisa fazer isso pessoalmente, inclusive, recomendamos que fique em casa durante a quarentena. Apenas lembre-se de um momento onde esteve ele ou ela.

Existem 3 áreas que enviam sinais calmantes:

1 – Face. Principalmente ao redor dos olhos.

2 – Voz. Não é o que é dito. Os sinais estão na qualidade da voz da pessoa.

3 – Toque. Um abraço é ideal, mas pode ser outro toque afetuoso ou amigável.

Estabeleça os links: 

– Finja que você está com o seu amigo. Finja que o seu amigo está segurando um desenho animado em seu rosto. No desenho imaginário, o personagem está em uma situação ou pensando estressante. À medida que o seu amigo segura o desenho, os sinais calmantes do seu amigo se tornam associados ao que o personagem está lidando.

–  Finja que você e o seu amigo estão segurando o desenho animado para que vocês possam vê-lo e conversar sobre ele. Tenha uma conversa imaginária. A qualidade da voz do seu amigo tem uma influência calmante sobre o que o personagem de desenho está enfrentando.

– Enquanto conversa, imagine que o seu amigo coloca um braço em volta da cintura e lhe dá um abraço.

Por que usamos personagens de desenhos animados? Para controlar a ansiedade, precisamos que o exercício seja o mais livre de ansiedade possível. Estamos acostumados a personagens de desenhos animados entrando em situações aparentemente impossíveis. Mas como eles sempre encontram uma saída, não levamos a sério a situação.

 

 

 

 

 

 

 

Esse exercício não muda a realidade, claro. A realidade precisa ser reconhecida e aceita. O objetivo do exercício é manter o pensamento equilibrado, mantendo a excitação equilibrada.

Além dessa técnica, conte a Florescer para conhecer outas ferramentas! Entre no nosso grupo de Whatsapp – Udumbara, CLICANDO AQUI. A partir deste grupo criaremos uma turma colaborativa para estarmos atravessando o período de quarentena, entendendo como lidar com nosso medos e estar na realidade!  

Com amor: Equipe Florescer

Referências: Thrive Global e Pisqweb 

Escrito por: Dev Swaran