A palavra trauma, origina da palavra latina que significa “ferida”. Na medicina, os profissionais usam a palavra “trauma” para se referir a danos físicos em partes do corpo. Por outro lado, trauma psicológico, vagamente definido, refere-se a outro tipo de ferida: qualquer evento passado que crie dificuldades e prejuízos significativos no presente, pelo menos um mês após a ocorrência.  Aquilo que aconteceu a cinco minutos, já é passado e pode virar trauma se o corpo não tem a possibilidade de liberar a tensão provocada pelo estresse.

Muitos pensam equivocadamente que a gravidade do trauma psicológico é sobre o que aconteceu com a pessoa quando, na realidade, é mais sobre como a mente e o corpo registram o que aconteceu. Não precisa ser sério como um estrupo – pode, em alguns casos, ser um jeito que um treinador olhou para você depois que você errou no campo, se você é um atleta, por exemplo. Então é importante desenvolver uma habilidade de ser menos afetado por eventos simples e acima de tudo, resgatar um potencial que existe no corpo de liberar tensões e com isso dar a chance do organismo se livrar da adrenalina e cortisol, produzidos pelo ‘evento traumático.’

Olha que curioso… UMa pessoa pode passar por um evento muito penoso e sair dele sem trauma e fortalecido, mais amoroso e humano, enquanto outra pessoa por vezes pode se sentir destroçada por eventos aparentemente menores. Não há erro nisto, Vários fatores podem contribuir. Mas de fato é bem interessante que você independente de uma Pandemia ou crise, esteja mais preparado para o inusitado da vida.

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Certas lesões são mais graves que outras. Pode parecer mais fácil gerenciar e tratar uma ferida ou doença física, especialmente uma que é visível como um arranhão, dedo quebrado, tosse ou coriza, mas é mais sutil. Assim como em ferimentos físicos, feridas ou traumas psicológicos podem precisar de pouco espaço, tempo e carinho de outro ser humano, como um parceiro romântico, mãe, pai, colega ou amigo para se curar. Outras feridas psicológicas podem exigir intervenção profissional. Infelizmente, existe um viés pernicioso em nosso mundo, de que o trauma físico é mais válido que o psicológico. Nem sempre é esse o caso e, muitas vezes, não é.

Nestes dias mesmo que nenhuma ocorrência relacionada ao coronavírus tenha trazido dor para a sua vida, se você está alimentando nas emoções e na mente a onda de medo, incerteza, preocupação, você está no efeito do trauma. O curioso e ao mesmo tempo terrível, é que você está sofrendo o impacto traumático de uma dor que por vezes não acontece, e que tomara não aconteça.
Algumas pessoas por conta de habilidades desenvolvidas, podem lidar bem com esta situação, mas se você não se sente apto para lidar com a situação incerta, é interessante desenvolver algumas habilidades, para estar em bem estar.

Nós da Florescer, como forma de apoiar nossa comunidade, estamos criando em grupos de whatsapp, um programa de quatro dias gratuito, com cuidados fundamentais para você lidar com este período.

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Por serem visíveis aos nossos cinco sentidos, é mais provável que as feridas físicas sejam entendidas e validadas por outras pessoas como dolorosas, de acordo com o especialista em trauma, Jaime Marich. Sua palestra sobre o TED em 2015 capturou lindamente, estes aspectos apresentados no vídeo abaixo. (você pode ativar legendas em português)

Infelizmente, quando uma ferida psicológica é continuamente desconsiderada por outras pessoas, ela pode aumentar inadvertidamente a dor, semelhante à aplicação de sal em um corte ou madeira em um fogo. Todos nos disseram: “deixe no passado” ou “supere isso” quando estivermos sofrendo por causa de algo que aconteceu conosco que ainda está nos afetando significativamente. Essas banalidades, embora muitas vezes bem-intencionadas, nunca ajudam. O sobrevivente do trauma geralmente já está sofrendo o suficiente, e isso pode piorar o sofrimento, fazendo com que se sintam culpados por terem sofrido em primeiro lugar.

Trabalhando com a cura de trauma e desenvolvimento de habilidades para que as pessoas ser tornem mais resilientes, entendo que é importante colocar na sua rotina diária alguns outros cuidados, além da higiene e proteção tão recomendados. Muitos dos medos que a maioria das pessoas passam, é por conta de desenharem na mente. cenários assustadores, um despreparo para lidar com as situações desafiadoras e uma visão romântica de que a vida boa é sem contratierades e desafio.


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Assim como você não pode combater uma correnteza no oceano com força, a força de vontade é impotente contra traumas psicológicos. É como chamar uma pessoa com a perna quebrada de “fraca” porque ela não pode correr; combina o trauma já existente e agrega insulto à lesão. Então, quem sofre não está sofrendo porque é fraco, mas porque está ferido. Intervenção ou psicoterapia com um profissional qualificado seria como colocar um molde no osso quebrado para que ele possa curar adequadamente.

Em meio a pandemia de coronavírus, iniciativas de solidariedade se ...

Em todo o mundo cenas assim se repetem. O cuidado com o outro.

 

 

Uma forma bem legal de diminuir a própria vulnerabilidade emocional, é cuidar do outro ainda mais vulnerável. Ontem, uma Cibele Lima, que mora em Portugal eparticipade outro projeto Udumbaraemvídeo,emocionou a todos ao contar que seus pais (mineiros) de 92 e  84 anos, lidam com a própria vulnerabilidade, fazendo máscaras para doar para aqueles que precisam.

 

 

Infelizmente, grande parte do público leigo não vê dessa maneira ou entende como ou por quê o trauma psicológico pode ter um impacto negativo duradouro em alguém. O tratamento do trauma ainda tem menos de 40 anos. De fato, não foi oficialmente reconhecido como uma dificuldade emocional significativa até 1980, mas o mais importanzte agora, é evitar traumatizar o outro e a nós mesmos.

Além do Udumbara 4 dias de gentis cuidados, estamos ampliando nossa disponibilidade para acolher e cuidar e forma mais próxima das pessoas, como já fazemos com nossas alunas e clientes. Fica com a gente na Florescer, estamos aqui juntos no mesmo barco.
Esta situação nos faz ver que nações, fronteiras, religiões… Tudo isto também é uma grande fantasia. Somos Pangeia!


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Agora que você sabe, há uma pequena coisa que você pode fazer para reduzir o sofrimento no mundo: eu recomendaria que você não minimize o trauma psicológico de outras pessoas; seja curioso, solidário, validador e compassivo quando alguém se arriscar a falar sobre um evento passado doloroso. 

E … Falemos das coisas boas, mesmo que pequenas que estão acontecendo a cada instante, tenhamos o coração tão puro e leve como uma criança, que tão facilmente se abre, para receber da vida – A GRAÇA.

Com amor: Dev Swaran

Referência: Psychology Today

Escrito por: Dev Swaran