Toda criança saudável quando pequena,  se entrega ao ritmo e ‘dança’. Ela faz isto, até que as interações sociais venham fortalecer, ou inibir o ato de dançar. Em muitas atividades terapêuticas e de desenvolvimento da Florescer, usamos a música e dança livre como recurso. Vamos falar um pouco aqui sobre pesquisas que vem sendo feitas sobre o benefício da dança.

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“”Se as pessoas puderem dançar um pouco mais, cantar um pouco mais, serem um pouquinho mais malucas, a energia delas estará fluindo mais, e os problemas delas irão, aos poucos, desaparecer. Por isso insisto tanto na dança. Dance até o orgasmo; deixe que toda energia se torne uma dança, e subitamente você verá que não possui nenhuma cabeça.
A energia presa na cabeça vai movendo-se ao redor, criando lindos padrões, pinturas, movimentos. E quando você dança, chega o momento que seu corpo não é mais uma coisa rígida, torna-se flexível, fluindo. Quando você dança chega o momento que sua fronteira não parece mais tão clara; você funde-se e dissolve-se no cosmos. – Osho

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“Através da dança, o corpo se torna mais sensível e resistente e, ao mesmo tempo, com o movimento, você pode modificar emoções, pensamentos e desenvolver uma melhor conexão conosco e com a espiritualidade. O movimento é tão transformador quanto o silêncio. E quando movemos o corpo, as outras inteligências que nos constituem movem-se ao mesmo tempo ” (membro da Fundação Graciela Figueroa para a Paz)

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Imagem de Graciela Figueroa com um grupo em experiência de Rio Aberto

        Recortes de entrevista feita com Graciela Figueroa Sobre a dança.

– Que  transformações é possível passar com a música e a dança?

– Primeiro, entramos em contato com uma sensação de bem-estar conosco mesmos e com o universo, que se traduz em sentir mais amor pela vida. A pessoa se sente mais viva e acordada a ponto de ter uma nova perspectiva sobre tudo ao seu redor. É um trabalho integral que muda sua visão das coisas. Isso acontece quando você realiza uma sessão simples, mas quando a pessoa “dança” regularmente, as mudanças nela são ainda mais profundas. Eu já vi isso nas formações repetidas vezes: pessoas que não encontraram um parceiro ou não sabiam como mantê-lo, encontram; outros que procuravam trabalho e não o encontravam; outros que se abrem para a espiritualidade quando nunca sentiram tal conexão.E as doenças também são curadas.

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"Apenas colocar música pela manhã e entrar em contato conosco muda algo dentro de nós."

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Posso falar sobre a cura para um lúpus ou a cura de uma doença no sangue que afligia uma pessoa desde a infância. A transformação que ocorre todos os dias nos leva à saúde e seus efeitos são visíveis no que acontece em nossas vidas, graças a este trabalho integral.

– A sexualidade também melhora?

– Certamente melhora a sexualidade e a sensualidade, porque muda completamente nosso relacionamento com a nossa natureza. Ele entra em contato com o corpo e suas sensações, mas sem o de “agora chegarei ao orgasmo”, mas é algo que é dado para que se tenha orgasmos em diferentes níveis naturalmente. Além disso, o grupo nos permite entender a maneira como interagimos com os outros. Durante as sessões, praticamos a escuta e o contato da presença. Também mobilizamos a criatividade, através de dramatizações, desenhos, músicas, poemas …

 – Quando dançamos, lançamos a couraça que o personagem  a que chamamos ‘eu’ construiu?

– Isso mesmo, tudo o que vivemos, vivemos com nossa natureza e as emoções que isso gerou estão em nosso corpo. Ao dançar, eles podem ser expressos e transformados. De fato, trabalhamos com nossa sombra e, a cada movimento que fazemos,  Se uma pessoa é rígida quando liberada, pode se conectar com sua vulnerabilidade.  Neste trabalho, novas redes neurais são criadas, neurotransmissores são secretados, nossa fisiologia muda e, de repente, quem é viciado em certas emoções, percebe que a compulsão deixa de existir; quem sempre discute deixa de sentir a necessidade de fazê-lo e que sempre busca vencer deixa de viver a vida inteira como uma competição …

– O tipo de música escolhido possui funções diferentes?

–Sim, a música facilita uma ou outra conexão. Por exemplo, a música indígena com bateria e o rock nos fornecem uma forte conexão com a terra. Eles têm a função de nos fazer recuperar a união com o resto da Humanidade e isso nos ajuda a não nos perdermos na solidão em que você pensa que está sozinho ou sozinho antes da vida tentando ver como você é salvo. A recuperação dessa conexão nos ajuda a descansar. O espírito está sempre lá.

No Brasil Dev Swaran (psicóloga e desenvolvedora de grupos) relata entende que um processo terapêutico que não trabalhe o movimento e a expressão do corpo, é uma proposta ainda acanhada. A dança e o movimento livre, resgata o prazer de estar vivo. Muitas pessoas, tem inibição,  por considerar que dançar exige uma habilidade, ou ritmo. Ela se opõe a isso. A dança pede tão somente abertura. Em seu trabalho com o Programa Ísis (desenvolvimento da energia feminina em homens e mulheres) no Licença Pra Ser Feliz, o que as pessoas rapidamente descobrem, é que o mesmo corpo que guarda tantas memórias de dor ou trauma, também guarda o prazer, a cura para os trauma e a  dança é uma possibilidade incrível de acelerar o processo terapêutico, desenvolver competências sexuais e o mais impostante, sentir o fluir da vida.

Dev Swaran em atividade corporal para liberação de medos e limitações.

UMA SESSÃO DE RIO ABERTO EM CASA
Por Graciela Figueroa

Para aqueles que não têm um centro próximo do Open River ou um local para se exercitar com outros professores ou pessoas, compartilhamos essa pequena prática que pode ser feita em casa: ao acordar, antes de dormir ou em qualquer outro momento.

  1. Respire fundo, levantando os braços e empurrando a terra com os pés, sentindo a alavanca.

  2. Na descida, colocamos nossas mãos acima de nossas cabeças e, quando as abaixamos, estamos elevando o caminho do céu para a terra e nos deixando abrir, passando por um canal que vem de cima e através de nós, do topo da cabeça até o centro da terra.

  3. Podemos tocar música ou fazer uma dança “indígena” com nossa própria música que vai dos pés para cima (sem perder o contato com a terra) e ilumina todas as nossas células.

  4. Nós nos permitimos com música ou com nossas próprias músicas fazer os movimentos e sons que sentimos serem bons para nós em uma dança de cura. A transformação mínima é máxima.

  5. Encontramos novamente a vertical aberta entre o céu e a terra, desta vez com as mãos no coração, celebrando o casamento.
  6. Abrindo minhas mãos do coração (dou ao universo) encontro minha visão, pensamentos, com empatia dando às diferentes atividades do meu dia-a-dia.
  7. Volto para pegar minhas mãos no coração (recebimento do universo) e, assim, receberei toda a empresa e orientação de que preciso. O universo está comigo. Somos um. Estou disposto para o dia, estou aberto à vida.

    Texto organizado por: Florescer

    Sobre o trabalho de  Graciele Fegueroa: Cuerpo e Mente